sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Chronicae Augustus 48

Idiossincrasias de uma agência em pleno verão parte 2:

- Quando entrei na agência em Setembro, o frigorífico não tinha porta.
Ou melhor, tinha, mas estava sem dobradiças. Portanto, eu chegava ao frigorífico, retirava a porta, encostava-a à parede, tirava o que queria e voltava a montar a porta.

- Depois aprendi uma nova técnica ao observar os meus colegas.
Eu agora chegava ao frigorífico, puxava a parte de cima da porta, abria como se fosse uma máquina de lavar loiça, segurava a porta com a mão esquerda enquanto tirava o que queria com a direita e fechava a porta.

- Ao fim de algum tempo arranjaram a porta. Mas montaram-na a abrir do lado errado e sem a mola que a segura.
Eu agora chegava ao frigorífico, puxava pela porta, ela não abria, lembrava-me que era do outro lado, puxava a porta do outro lado, abria a porta, esquecia-me de a segurar enquanto procurava as minhas coisas, a porta abria até ao fim e batia com estrondo na parte lateral do frigorífico, eu apanhava um susto e fechava a porta.

- Hoje em dia já estou habituado à rotina, pelo que o frigorífico agora é normalíssimo, sem piada nenhuma.
Para compensar, começámos a brincar com as dezenas de magnetos que o frigorífico tem. Como isto é só artistas por aqui, todos os dias alguém monta os ímanes numa configuração diferente. Nunca é o mesmo frigorífico.

1 comentário: