“O novo Acordo Ortográfico entrou em vigor em Janeiro de 2009. Mas, até 2012, decorre um período de transição, durante o qual ainda se pode utilizar a grafia actual. Se quiser adoptar já a nova grafia do Português, veja aqui as principais alterações de que foi objecto a nossa língua.” E quem é que me vai obrigar a escrever de acordo com o Acordo? Vão-me dar reguadas se o não fizer? Não sei quem é que esteve na base da elaboração das alterações introduzidas na língua portuguesa. Estou-me positivamente nas tintas para isso. Tal como me estou nas tintas para o Acordo. Mas que não vou respeitar o Acordo, isso podem escrever. Na minha modesta opinião a língua não se impõe. A maneira de pronunciar, a maneira de escrever, com acento, sem acento, com hifen, sem hifen com c ou sem c, só devem ser alteradas se houver razões muito fortes que justifiquem as alterações e não porque um letrado qualquer acordou de rabo para o ar a se lembrou de que determinada palavra ou palavras têm que ser alteradas e vai de propor as alterações. E não temos nada a ver que no Brasil se fale assim ou assado, se escreva assim ou assado. Somos dois países independentes. Quando chegámos ao Brasil em 1500 levámos connosco a nossa língua. A língua Portuguesa foi a que nós levámos para lá. Se com o decorrer dos tempos ela foi alterada LÁ, é um problema que não é nosso. O máximo que se poderia fazer seria solicitar ao governo brasileiro que introduzisse algumas alterações de forma a uniformizar os vocábulos para que a língua deles fosse o mais possível igual à nossa. Nunca o contrário. E mesmo assim só com a concordância do povo brasileiro e nunca por imposição. E porque não fazer um referendo para que os portugueses se possam pronunciar sobre este aborto? Ou só o aborto (interrupção voluntária da gravidez) é que tem honras de referendo? Peço igualdade de tratamento para todos os tipos de aborto."
Esta pessoa está muito perto de ser religiosamente idolatrada por mim.
E quando quiser pode fazer-me um filho.
terça-feira, 1 de março de 2011
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Sim e não.
ResponderEliminarÉ verdade que custa alterar a língua com a qual aprendemos a comunicar, ainda para mais de uma forma imposta e tão abrupta. Mas a verdade é que esta tem vindo a sofrer alterações. No ano de 1500 quando chegamos ao Brasil ainda escrevíamos "El Rei" e "Cintra". Se os brasileiros tivessem levado à risca a língua que lá introduzimos... O acordo ortográfico não é para a nossa geração! É verdade, estamos velhos demais para aprender línguas... O acordo é para as gerações vindouras. Para que estes aprendam a escrever numa língua cada vez mais universal que é o Português. Não estamos a destruir a língua, mas sim a aproximar e a unir as várias variantes (Português de Portugal, do Brasil, de Angola, etc). Porque unidos seremos mais fortes! Pior seria se o nosso Português de Portugal falado apenas por 10Milhões seja considerada uma língua moribunda e assombrada por um Português do Brasil falado com muitos mais milhões. Acho muito mais interessante que os meus netos possam ter acesso de forma imediata e sem necessidade de traduções aos milhares de livros e documentos que são produzidos e traduzidos em português do Brasil.
Gostei do teu texto, e digo mais, até concordo com ele.
ResponderEliminarO problema é que atingir esse nobre objectivo de que falas não se consegue do pé para a mão - para não dizer que não se consegue de todo... -
mas, mais importante do que tudo, não se consegue DE CERTEZA com este acordo, goste-se dele ou não. Isso parece-me um facto indiscutível, apesar de incrivelmente os governantes acharem que isso vai acontecer!
Os teus netos, quando lerem num livro do Brasil que "o cafajeste sumiu no ônibus", vão ter de te perguntar à mesma o que significa. :)