Um grande amigo meu diz-me que se inquieta pelo futuro, quando vê que as pessoas já não se preocupam com nada em termos artísticos. Que seja em que linguagem for, querem só o que é mais fácil de tomar, vêem só o que foi feito por dinheiro, fazem escolhas apenas segundo o factor "diversão", consomem só o que lhes mandam consumir.
Ele diz que teme que vai ser cada vez pior.
Eu vou tentando responder que está a exagerar e que está a ser demasiado pessimista, mas não é fácil...
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
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Felizmente acredito que o teu amigo está muito enganado e que ele próprio é que consumiu esses tais produtos de diversão e de retórica supérfula, e que agora interpreta o mundo nessa mesma prespectiva. Mas para mim seria uma dávida poder conhecer/debater tais premissas desse filósofo/profeta.
ResponderEliminarCaro(a) Anónimo:
ResponderEliminarDe facto é difícil não ser elitista e concordar com o meu amigo, quando vemos que a maioria das pessoas detesta cultivar-se.
Mas caramba, gostei do teu entusiasmo! Oxalá tenhas razão.
(quanto a tertúlias com ele, organizá-las-ei quando quiseres)
Lamento desapontar-te mais uma vez.
ResponderEliminarA maioria das pessoas não se detesta cultivar. Esse tem sido um argumento poderoso para os media e para esses elitistas e repito elitistas.
O gosto pelo belo e pelo abstracto existe em todos, é o que nos torna seres humanos (e com isto espero eu nao ser agora elitista).
Anónimo, ainda que eu seja mais optimista com o futuro, neste ponto não posso concordar contigo.
ResponderEliminarPorque se tivermos o gosto pelo belo e pelo abstracto, mas ficarmos o dia todo em casa a ler a revista Maria (com o devido respeito), não nos vamos cultivar absolutamente nada.
De nada nos serve então todo esse gosto. Nozes para quem não tem dentes...