quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CULTIVO.

Um grande amigo meu diz-me que se inquieta pelo futuro, quando vê que as pessoas já não se preocupam com nada em termos artísticos. Que seja em que linguagem for, querem só o que é mais fácil de tomar, vêem só o que foi feito por dinheiro, fazem escolhas apenas segundo o factor "diversão", consomem só o que lhes mandam consumir.

Ele diz que teme que vai ser cada vez pior.
Eu vou tentando responder que está a exagerar e que está a ser demasiado pessimista, mas não é fácil...

4 comentários:

  1. Felizmente acredito que o teu amigo está muito enganado e que ele próprio é que consumiu esses tais produtos de diversão e de retórica supérfula, e que agora interpreta o mundo nessa mesma prespectiva. Mas para mim seria uma dávida poder conhecer/debater tais premissas desse filósofo/profeta.

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  2. Caro(a) Anónimo:
    De facto é difícil não ser elitista e concordar com o meu amigo, quando vemos que a maioria das pessoas detesta cultivar-se.
    Mas caramba, gostei do teu entusiasmo! Oxalá tenhas razão.

    (quanto a tertúlias com ele, organizá-las-ei quando quiseres)

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  3. Lamento desapontar-te mais uma vez.
    A maioria das pessoas não se detesta cultivar. Esse tem sido um argumento poderoso para os media e para esses elitistas e repito elitistas.
    O gosto pelo belo e pelo abstracto existe em todos, é o que nos torna seres humanos (e com isto espero eu nao ser agora elitista).

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  4. Anónimo, ainda que eu seja mais optimista com o futuro, neste ponto não posso concordar contigo.
    Porque se tivermos o gosto pelo belo e pelo abstracto, mas ficarmos o dia todo em casa a ler a revista Maria (com o devido respeito), não nos vamos cultivar absolutamente nada.
    De nada nos serve então todo esse gosto. Nozes para quem não tem dentes...

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