terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Diário de rodagem

Resumo mesmo muito abreviado de uma filmagem:

1º dia:
Há um vidro grande de secretária, colocado na horizontal. De repente o vidro estilhaça-se em mil pedaços. Eu fico apático a olhar, sem acreditar que aquilo aconteceu. O meu colega corta-se num dos cacos, e a ponta do dedo indicador não pára de sangrar. Ficou com a mão toda vermelha.
Este foi o dia que correu bem.

2º dia:
Há outro vidro grande colocado na horizontal, mas este é todo irregular. Eu corto-me numa das arestas, e a ponta do meu dedo indicador não pára de sangrar. Fico com a mão toda vermelha.
Depois, com um penso no dedo, estou a limpar um aquário com um pano e aquilo estilhaça-se na minha mão. Cortei a mão em três sítios diferentes, incluindo um buraco enorme na ponta do dedo anelar. Fico com a mão toda vermelha, e nem reparo nisso pois estou a dizer asneiras ao aquário e a perceber porque é que aquela porcaria foi tão barata.
A seguir, com mais pensos no dedo, vou filmar tinta de água encarnada a pingar para outro vidro, e percebo que há um problema. A tinta encarnada não está a escorrer pelo vidro e está a ficar seca. Vou tentar tirá-la com água mas ela não sai. Quanto mais mergulho as mãos pior fica. Tento esfregar com detergente, mas incrivelmente não acontece nada. Depois percebemos, o artista plástico enganou-se e em vez de tinta de água levou verniz. A filmagem acabou por aqui.
Nessa altura já o vidro está todo vermelho. O chão está vermelho. A garrafa de detergente está vermelha. O lava-loiça parece pintado com duas demão. Tudo em que eu toco fica vermelho. E sim, fico com as mãos todas vermelhas.
Este foi o dia que, sinceramente, correu menos bem.

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