quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

É que nem patinam

É oficial: o túnel que sai dos balneários do meu ginásio é uma espécie de Triângulo das Bermudas.

Desta vez topei logo à distância que havia coisa.
Nestes dias, é o costume: o pavilhão cheio de gente a olhar com expectativa para o túnel e saio eu de toalhinha ao ombro.
Mas desta vez nem sequer pude reparar nos olhares de desapontamento e ódio vindos das bancadas. Porque assim que saí do túnel vi-me cercado por todos os lados.

Eram miúdos patinadores.

Mas, feidasse, eram às centenas. Eu assim de repente contei mais de 100, fora os que estavam na outra bancada, e os que estavam no centro do ringue a fazer uma coreografia com música do Michael Jackson.
Eu nem sabia que havia tantos miúdos na zona, quanto mais que faziam todos patinagem artística.

E então estou eu a tentar sair daquela confusão.
Era como caminhar numa floresta que me dá pelo umbigo, mas onde os arbustos não páram quietos e não se aguentam em pé. Era como um engarrafamento na A5, mas com collants.

De repente, quando eu já estava desorientado, uma mulher chamou a malta toda para o ringue e os putos pareceram ser todos aspirados.
Desapareceram todos de ao pé de mim, e só por isso é que consegui chegar ao ginásio.

Não tenho vergonha de admitir que soltei uma ou outra pinguinha.

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